Benny foi muito mais que um pet. Foi presença constante, fiel e amorosa na rotina da família. Era aquele tipo de amigo que se fazia notar mesmo em silêncio — embora seu ronco à noite entregasse que ele estava ali, profundamente em paz.
Desde cedo, acompanhava a família nos passeios e tarefas do dia a dia. Quase todos os dias, ia levar as crianças no colégio, sempre solto, sem guia, porque não precisava: Benny era extremamente obediente. Sabia exatamente onde devia estar e o que fazer, como se entendesse tudo.
Tinha um carinho especial pela casa das avós. Quando se aproximavam da rua delas ou da casa da praia, Benny reconhecia o caminho e começava a gemer dentro do carro, ansioso e feliz. Sua sensibilidade era tamanha que parecia contar os quilômetros.
Na casa, Benny tinha sua rotina. Durante o dia, ficava na caminha da sala, sempre no canto da porta, observando o movimento. À noite, dormia ao lado da cama de quem mais amava, mas antes disso corria para debaixo da cama, como se aquele cantinho fosse seu esconderijo particular antes de se aconchegar para dormir.
O sítio e a praia eram os seus paraísos. Na praia, parecia entender que ali era lugar de descanso em família. No sítio, virava pura alegria — especialmente quando podia correr atrás dos gansos, como se fosse um filhote travesso novamente.
Foi no sítio, esse lugar de tanta alegria, que Benny partiu. Partiu em paz, em um lugar que amava profundamente.
Benny deixa saudade em cada canto por onde passou, em cada trajeto de carro, em cada noite de sono compartilhado, em cada silêncio cheio de presença.
Foi, e sempre será, um verdadeiro membro da família.