Giovani Bon

Natural de Urussanga, Giovani foi um daqueles raros seres humanos que marcaram profundamente todos os que cruzaram seu caminho. Filho dessa terra querida, foi ali que nasceu, cresceu e construiu sua história de dedicação, trabalho e amor ao próximo. Sua vida foi como uma semente plantada com cuidado e que, ao longo dos anos, frutificou em gestos de generosidade, carinho e entrega.

Pai amoroso de Natália, Giovani sempre fez questão de estar presente em cada momento, orientando com sabedoria, protegendo com coragem e amando com todo o coração. Sua neta Valentina foi uma das grandes alegrias de sua vida — a paixão declarada de um avô que se derretia só de falar nela. E com o mesmo brilho nos olhos, já se preparava com entusiasmo para receber Otávio, o netinho que está a caminho e que, mesmo sem conhecê-lo em vida, já herdará um legado de amor e bondade.

A marca mais forte de Giovani era seu espírito de serviço. Ele não apenas gostava de ajudar — ele vivia para isso. Estava sempre pronto, disposto, atento ao outro. Era comum vê-lo oferecendo um ombro, um conselho, um favor, uma solução. Se alguém precisava, ele estava lá. E fazia isso com alegria, com entusiasmo, como quem entendia que servir ao outro era uma missão. Sua filha conta que, até mesmo nos seus momentos mais difíceis, Giovani escondia suas dores, não por orgulho, mas porque queria ser lembrado como sempre foi: um homem de luz, de sorriso fácil, de alma boa.

Era aquele tipo de pessoa que, ao entrar em qualquer lugar, mudava o clima. Seu sorriso era largo, sua presença era leve, sua fala era acolhedora. Brincalhão, espontâneo, cheio de histórias e bom humor. E se a conversa fosse em volta de um churrasco, então, ele se realizava: adorava reunir as pessoas, receber bem, fazer com que todos se sentissem em casa.

Giovani também amava trabalhar. Trabalhava com prazer, com responsabilidade, com propósito. Dizia, entre risos, que iria trabalhar até os 110 anos. Sua energia parecia inesgotável. E sua força vinha da certeza de estar cumprindo seu papel com integridade e amor.

Sua filha fez um pedido especial: que nesta homenagem, fosse lembrado o exemplo de Jesus, que veio ao mundo para servir e não para ser servido. E é impossível não traçar esse paralelo. Giovani viveu exatamente assim. Servindo com humildade, acolhendo com empatia, ajudando sem esperar nada em troca. Seu prazer era fazer o bem. Seu propósito era amar.

Giovani deixa um legado imenso. Deixa saudade, mas também deixa inspiração. Deixa o exemplo de um homem íntegro, trabalhador, companheiro, amigo, pai e avô. De um homem que foi alegria onde havia tristeza, apoio onde havia fraqueza, e luz onde havia escuridão.

E assim ele será lembrado. Com um sorriso no rosto, um coração enorme, e a certeza de que cumpriu, com nobreza, a missão que recebeu nesta vida.