Sapeca foi muito mais do que uma cachorra: foi parte da família, guardiã silenciosa dos dias, companhia fiel e cheia de amor. Desde cedo, mostrou sua personalidade carismática e travessa – como naquela vez em que, ao ganharem uma poltrona nova, ela resolveu “morar” nela, cavando e mastigando de cima a baixo como se a peça fosse um ninho feito sob medida. Brincalhona e carinhosa, adorava correr na areia, brincar no sofá e, claro, pedir petiscos na mesa com aquele olhar impossível de resistir. Apesar de nunca ter passado por um treinamento formal, Sapeca era extremamente educada e obediente. Socializava bem com outros cães e respeitava os espaços com uma delicadeza rara. Em uma de suas aventuras, entrou sozinha no elevador do prédio e foi passear, tranquilamente cumprimentando vizinhos enquanto sua família a procurava, aflita. Outra vez, na casa de praia, viu um gambá sobre o muro e tentou pegá-lo – ele escapou, mas a lembrança ficou tão forte que, um ano depois, ao voltarem ao mesmo lugar, Sapeca correu direto para os fundos da casa, como se ainda esperasse reencontrá-lo. Era também uma guardiã dedicada. Quando sua filha humana, então com cerca de 9 anos, brincava na rua, Sapeca deitava na grama, vigilante. Só entrava em casa quando a menina também entrava – como se sua missão só estivesse cumprida ao vê-la segura. Assim era ela: só descansava quando todos estavam bem e sob o mesmo teto. Sapeca viajou com a família, inclusive na mudança para Santa Catarina, acompanhando tudo de pertinho, inclusive dormindo com eles na cama do hotel. Estava sempre junto, fazendo parte de cada momento.Seu nome não podia ser mais apropriado: Sapeca foi uma alma alegre, amorosa e protetora. Deixou lembranças doces, muitas risadas e a certeza de que o amor verdadeiro existe – com quatro patas, olhar atento e coração gigante.