Tripé chegou ao mundo já enfrentando seus primeiros desafios. Em 2008, ainda um filhote indefeso, foi encontrado atropelado na estrada. Seu destino poderia ter sido triste, mas a vida lhe deu uma nova chance quando meu irmão Preto o resgatou e o levou imediatamente ao veterinário. Com apenas quatro meses de vida, Tripé precisou amputar uma das patas traseiras. Foi então que ele se tornou parte da nossa família.
Desde o início, mostrou que, mesmo com três patas, seu espírito era de um verdadeiro guerreiro. Bravo, destemido e muitas vezes encrenqueiro, brigava com os outros cachorros, voltava machucado, chorando, mas sempre com aquela vontade de viver. Passou cerca de sete anos morando em uma casa perto de um campo de futebol. Lá, ganhou o carinho dos jogadores, que o enchiam de carne e afeto – e Tripé retribuía com sua presença marcante.
Mas em um inverno gelado, com a temperatura chegando a 3 graus, não tive coragem de deixá-lo lá. Trouxe Tripé para a empresa, onde ele passou a viver ao meu lado. Era impossível mantê-lo com os outros cachorros – mais de 25! – porque ele ainda achava que era o dono de tudo. E, de certa forma, era mesmo.
Na frente da empresa, virou o vigia, o mascote, o dono do pedaço. Mesmo com suas limitações, corria como um canguru para me receber no portão, identificando meu carro mesmo a 500 metros de distância. Latia, se alegrava, e fazia questão de mostrar que estava ali – firme, presente, leal.
Tripé viveu quase 20 anos. Uma vida longa, cheia de histórias, marcada pela superação e por um amor que nunca faltou. Aqui na empresa, entre latidos e memórias, ele será para sempre lembrado como o amigo bravo, fiel e único que fomos privilegiados em ter ao nosso lado.
Saudade, meu amigo Tripé. Você foi e sempre será inesquecível.
Lindo!!! Emocionante
Jacke SoratoParabéns pelo gesto cunhada ????????????????????
FabioQue lindo filha ! Muito emocionante! Que Deus te abençoe sempre com esse amor ????
Maria Lúcia Cechinel