Adão Felício

Nascido em 7 de setembro de 1945, em pleno Dia da Independência, ele chegou ao mundo já anunciando a força e singularidade que marcariam sua vida. O parto, como contava sua mãe, foi difícil. Em uma época em que tudo era mais simples e desafiador, veio ao mundo com a ajuda de parteiras, na posição de “em pé”. Diante da complexidade do momento, sua mãe fez uma promessa, que foi atendida — e em agradecimento, escolheu um nome simbólico: o do primeiro homem da Terra. Cresceu com saúde e alegria, em meio a uma família numerosa e unida, com 10 irmãos. Desde cedo demonstrou carinho profundo pelos pais e irmãos, cultivando laços que permaneceram fortes por toda a vida. Na juventude, viveu um grande amor ao lado de Zulaide Martins, com quem construiu uma família sólida. Dessa união nasceram três filhos: Daniela, Junior e Rafael. Com o tempo, vieram também os netos — Murilo, Mirela e Vinícius — e a bisneta Leona, que teve o privilégio de conhecê-lo. Homem de muitos talentos, destacou-se como empreendedor e comerciante. Tinha o dom de “vender sem vender”, conduzindo negociações com naturalidade, sempre abrindo caminhos para que outras pessoas crescessem ao seu lado. Inspirava e incentivava. Era entusiasta da vida, otimista por natureza. Diante das dificuldades, encontrava soluções criativas, transformando desafios em oportunidades. Sua personalidade cativava: carismático, amoroso, generoso, corajoso e determinado. Sabia respeitar o outro e também impor limites com sabedoria. Dançava conforme a música — literalmente. Pé de valsa de mão cheia, levava alegria por onde passava e aproveitava a vida intensamente. Foi filho, irmão, esposo, pai, avô, bisavô, cunhado, genro, tio, vizinho e amigo. Em cada um desses papéis, cumpriu seu papel com amor, deixando um legado de valores, memórias e exemplos. Partiu em 13 de junho de 2025, mas permanece vivo na memória e na história de todos que tiveram o privilégio de conviver com ele. Acreditava-se que a morte é apenas uma passagem — e assim, sua presença continua viva nos ensinamentos que deixou e no amor que permanece. Se existe alguém que soube viver com intensidade, leveza e propósito, foi ele.